é duma beleza sem par,
quando nasce nos desperta,
em dias de calor intenso,
quando se põem nos alegra,
refrescando o nosso rosto,
que o Sol vai envelhecendo!
E quem tua terra trabalha,
sempre com muita alegria,
mesmo com o sol carrascão,
vão cantado todo o dia,
laborando de Sol a Sol,
da bilha se vai bebendo,
água fresquinha da fonte,
como manda a tradição!
Já há muita maquinaria,
os tempos foram mudando,
mas ainda há que queira trabalhar,
com a foice empunhando,
vão ceifando as searas,
de suas espigas douradas,
alegremente cantando!
Nunca trabalhei no campo,
nisso fui previligiada,
mas sempre dei muito valor,
a quem no campo trabalhava,
todo o dia de Sol a Sol,
ganhando míseras jornas,
que o patrão então pagava!
E com estes versos vos deixo,
recordações do passado,
que ficaram dentro de nós,
como memórias gravadas
e das quais nos orgulhamos,
por sermos Alentejanos
Terra de solo sagrado!
antónia bergano.
23.11.2015.
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