domingo, 22 de novembro de 2015

Homens que morem de pé como as árvores! 21.11.2015.

Com um título extenso
e muito para dizer,
peguei hoje no papel
e comecei a escrever!
Palavras do coração,
que me saem sem esforço,
pensando no que ouvi ontem.
que aliás conheço bem,
mas não tanto como aqueles,
que o viveram e sentiram no corpo!
Alentejanos a falar,
em tempos que já lá vão,
que explicam muito bem,
o que sentem no coração,
porque o sentiram na pele
e deixaram a sua marca
e com grande sabedoria,
o explicam cara a cara!
Trabalho, suor e dor,
que denunciavam a cantar,
explicando a razão,
do porquê, o cante Alentejano,
é cantado devagar,
suave...suavemente!
Nos campos so Alebtejo,
com chuva ou calor intenso,
no seu cantar se deunciava,
o que se sentia por dentro!
Corpos curvados nas ceifas,,
na apanha da azeitona,
ou em qualquer trabalho árduo,
seus corpos suados e cansados,
nas cantigas que cantavam,
era assim que o denunciavam!
Havia miséria, fome e dor,
mas o trabalhador encarava,
"sem queixumes ou desabafos,
falando uns com os outros"
mas sim nas cantigas,
o íam denunciando!
Cantando devagarinho,
com Dignidade e Valor,
traziam na voz sofrida
e íam cantando ao sabor,
do que era as suas vidas!
Isto é ser Alentejano,
antes vergar que partir,
nos campos do Alentejo,
se vivia mesmo assim!

Antonia Bergano.
22.11.2015
22.11.2015.

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